segunda-feira, 11 de maio de 2009

DILEMAS ÉTICOS

Apresentam-se de seguida 3 dilemas para reflexão e toda a comunidade educativa comentar aqui no blog.

Diga como resolveria as seguintes situações:

1. Suponha que está a trabalhar numa mina com dois ramais. Ao fundo do seu ramal estão cinco mineiros a trabalhar. No ramal que parte para o lado está um mineiro solitário. Subitamente um vagão vem descontrolado e você apercebe-se que à velocidade que ele vem ele irá embater e matar os cinco mineiros. Mas há tempo para uma acção: você pode mudar a cavilha e desviá-lo para o ramal onde só está um mineiro. O que decide você? Porquê?

2. Suponha agora que não existe qualquer cavilha, mas está um colega junto de si. Ele vê vir o vagão desgovernado. Uma alternativa será lançar o seu colega para a linha travando assim o vagão, mas matando o seu colega. Salvará no entanto os cinco mineiros do fundo do ramal. Isto é aceitável? Você faria isto?

3. Suponha ainda que está sozinho e não existe qualquer cavilha. A única opção é lançar-se você para a frente do vagão para poupar cinco pessoas, à custa da sua própria vida. Você tomaria este passo? Seria legítimo? Porquê?

Os primeiros dois dilemas éticos são propostos por James Taylor em Gary Hardcastle e George Reisch, A Filosofia Segundo os Monthy Phyton, Estrela Polar, 2008, pp. 218-219.

CONCURSO DE FOTOGRAFIA ATÉ 25 DE MAIO

ENCONTRA-SE ABERTO CONCURSO DE FOTOGRAFIA SOBRE O TEMA DE AFECTOS ATÉ AO DIA 25 DE MAIO.
PRETENDE-SE QUE OS ALUNOS PARTICIPEM COM OS SEUS TRABALHOS PARA EXPOSIÇÃO E POSTERIORMENTE SEREM PREMIADOS OS 3 MELHORES. OS ALUNOS QUE NO 1º PERÍODO JÁ TINHAM ENTREGUE FOTOS VÃO A CONCURSO COM ESSAS FOTOS MAIS AS NOVAS QUE PRETENDAM ENTREGAR.


O REGULAMENTO É O SEGUINTE:

REGRAS PARA O CONCURSO DE FOTOGRAFIA
TEMA: “OS AFECTOS”
Regulamento
1ºObjectivo

O evento “Concurso de Fotografia é uma organização do Clube de Ética do EASFS , e destina-se a fomentar o gosto pela fotografia e ao mesmo tempo mobilizar os sentidos para a capacidade de observação para o que o rodeia e promover os valores éticos dentro da comunidade educativa.
2º Tema
O tema dos trabalhos concorrentes é “ OS AFECTOS”. Neste contexto, qualquer realidade demonstrativa de afectos ( ao nível do ser humano, da natureza ou animal) pode ser objecto da fotografia.
3º Admissão das Fotografias
A admissão das fotografias a este concurso depende do respeito das seguintes regras:
1-Os concorrentes deverão participar com fotografias actuais e inéditas.
2-Aceita-se qualquer tamanho para a foto.
3-Cada concorrente pode participar com 1, 2 ou 3 fotografias.
4-Todas as fotografias devem ser identificadas no verso pelo nome do autor e com um nome para a foto (significado).


4º Concorrentes
Podem concorrer todos os alunos, professores e funcionários da AESBUC excepto os elementos nomeados pelo Clube de Ética para constituírem o júri da prova.
5º PrémiosO concurso premiará os 3 concorrentes que o júri considere serem os melhores.
6ºPrazos1- A entrega dos trabalhos concorrentes terá que ser feita até ao dia 25 de Maio ao Prof. Eugénio Oliveira.
2- Os trabalhos dos concorrentes serão expostos em local próprio até final do 3º Período e serão apreciados pelo júri , devendo os resultados ser publicados e comunicados aos vencedores até dia 6 de Junho.


DISPOSIÇÕES GERAIS
1. Serão admitidos a concurso os trabalhos que respeitem o presente regulamento.
2. Os casos omissos neste Regulamento serão resolvidos por deliberação do júri do concurso.
3. Eventuais esclarecimentos devem ser solicitados a: Clube de Ética.



Coordenador do Clube de Ética

Eugénio Oliveira

terça-feira, 5 de maio de 2009

LIVROS DE ÉTICA PRÁTICA








DEBATE SOBRE EUTANÁSIA



Eugénio Oliveira, Coordenador do Clube de Ética e Presidente da Associação portuguesa de Ética e Filosofia Prática será o moderador no Debate sobre a Eutanásia no dia 18 de Maio que decorrerá no Museu Bernardino Machado em Famalicão e cujo orador será o Prof. Doutor Costa Pinto da UCP.

O LIVRO DO MÊS

O CLUBE DE ÉTICA, leva a efeito todos os meses a selecção de um livro como sugestão de leitura aos alunos da AESBUC.

Sendo um dos livros mais vendidos em Espanha e mais lidos pelos jovens, também em portugal o Livro que apresentamos é uma referência para os adolescentes.

Editora: Dom Quixote
Tema: Ensaio

Sinopse

Nada menos supérfluo do que ensinar as opções e os valores da liberdade se queremos educar seres humanos livres. Pensado e escrito para ser lido por adolescentes, Ética para Um Jovem explica, numa linguagem clara, pro-funda e ao mesmo tempo divertida, do que trata a Ética e de como a podemos aplicar à nossa vida quotidiana para tentar-mos viver da melhor maneira possível connosco e com os outros. Um livro que convida o leitor a reflectir e a colocar novas questões sobre a liberdade de escolha e a responsabilidade. É um livro que desperta a consciência para a vida. É um livro que nos leva a ouvir uma conversa intima de um pai com o seu filho. É o saber que ele, o pai, não estará sempre lá e que certo dia o filho terá que aprender a voar, a arriscar e a errar sozinho. "Faz o que quiseres com o teu próprio individualismo" diz o pai, "tens na mão a tua vida, vive... vive na arte de bem viver" aconselha ele.

A FELICIDADE



O autor francês Gilles Ripovetsky diz que “na sociedade do hiperconsumo a felicidade é paradoxal”. Para falar sobre esse tema, ele escreveu o livro A felicidade paradoxal – ensaio sobre a sociedade do hiperconsumo. No Brasil, a obra é de publicação da Companhia das Letras.Gilles argumenta que a civilização atual é a do desejo. Tem-se como slogan “Compro, logo existo”. Ele se fundamenta em uma pesquisa na qual se constatou que a maioria dos franceses diz que o consumo traz felicidade.
Há um imediatismo, porém também há críticas, pois “na sociedade do hiperconsumo a felicidade é paradoxal”. Uma das conseqüências do hedonismo seria o indivíduo se ver como único responsável pelo seu êxito ou pelo seu fracasso. Ele sente-se desamaparado.O autor - Gilles nasceu em 1944, é filósofo, pesquisador e professor da Universidade de Grenoble, na França.



O CLUBE DE ÉTICA levou a efeito mais um trabalho sobre a temática da FELICIDADE em forma de ATELIER onde o objectivo era realizar uma pesquisa sobre livros e estudos filosóficos sobre este tema.


Dinamarqueses são os mais felizes do Mundo
A Dinamarca é o país com os habitantes mais felizes o mundo, de acordo com um cientista britânico que desenhou o primeiro mapa-mundo da felicidade. A Adrian Whithe, da Universidade de Leicester chegou a esta conclusão Depois de analisar as respostas de mais de 80 mil pessoas de todo o Mundo.
A Dinamarca é definitivamente o país mais feliz, seguido de perto pela Suíça e pela Áustria. No pólo oposto estão o Zimbabué e o Burundi. segundo o mapa, Portugal está «na média»
O nível de felicidade de cada país é influenciado sobretudo pelos seus níveis de saúde. A prosperidade e a Educação são os segundos e terceiros factores determinantes.
Segundo Adrian White, psicólogo especializado em análise social, «quando se pergunta a alguém se está feliz com a vida que tem, as pessoas de países com um bom sistema de saúde, um maior Produto Interno Bruto (PIB) per capita, e acesso a educação têm maior tendência a responder afirmativamente».
O especialista reconhece que o sistema de medição da felicidade não é perfeito, mas considera que é o melhor ao dispor. White adianta ainda que estes parâmetros são úteis para verificar alterações nos níveis de felicidade, e quais os factores que lhes estão associados, como os efeitos da guerra, da fome ou o sucesso nacional, que podem afectar a felicidade da população.

A Euforia Perpétua. Na sociedade contemporânea a felicidade tornou-se um dever. Quem não entra na corrida por ser feliz é desiminado, é um “cinzentão”, um “chato”, um inadaptado, alguém que desperdiça a vida, um looser (para usar um anglicismo muito na voga e que bem reflecte o actual estado de coisas). A felicidade tornou-se na ideologia dominante. Dizer que não somos felizes, ou que não nos estamos a esforçar nesse sentido, é cometer a maior das heresias: “se não és feliz é porque não queres”.Como a felicidade entrou neste horizonte ideológico e, como qualquer ideologia, se converteu numa espécie de cegueira é o tema deste livro de Pascal Bruckner, filósofo e escritor francês, autor de diversas obras sobre aspectos vitais da existência humana.








ÉTICA E POLÍTICA


O DIÁRIO DO MINHO, Jornal diário da região do Minho publicou artigo do Coordenador do Clube de Ética da AESBUC-Externato sobre a temática da Ética na Política.

AFORISMAS SOBRE ÉTICA

"O homem nasceu livre e por toda a parte vive acorrentado." Rosseau

"As boas acções elevam o espírito e predispõem-no a praticar outras." Jean-Paul Sartre

"O dinheiro não tem ideias." Jean-Paul Sartre

"Não basta termos um bom espírito, o mais importante é aplicá-lo bem." Descartes

"O verdadeiro conhecimento vem de dentro." Sócrates

“ Não há ordem sem justiça.” Camus


“ A verdade é o acto de liberdade” Kierkegaard

"Elege para teu amigo o homem mais virtuoso que conheces." Pitágoras

"A felicidade é a compreensão lógica do mundo e da vida." Bento de Espinosa

"Cinco coisas constituem a virtude perfeita: sobriedade, magnanimidade, honestidade, sinceridade e bondade. " Confúcio

"O silêncio é um amigo que nunca trai. " Confúcio

CLUBE DE ÉTICA ELABORA INQUÉRITO SOBRE A QUESTÃO DA FELICIDADE

O CLUBE DE ÉTICA elaborou um inquérito representativo dos alunos da AESBUC sobre o tema da FELICIDADE, o qual foi distribuído e recolhido para tratamento de dados.

RESULTADOS... (Brevemente Publicados)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

CAFÉ FILOSÓFICO NA TURMA DO 10º P

Realizou-se no dia 10 de Dezembro, na Turma do 10ºP do Externato da AESBUC um café Filosófico subordinado ao Tema da Mulher. Esta actividade do Clube de Ética serviu para assinalar a Comemoração do Dia Mundial dos Direitos Humanos.
O Prof. Eugénio Oliveira foi o orador e a sessão teve uma parte de debate em que todos os alunos tiveram a oportunidade de participar com as suas opiniões.
Dexiamos aqui o texto do Prof. Eugénio Oliveira.
I CAFÉ FILOSÓFICO - AESBUC

TEMA: A MULHER
"A Mulher não nasce Mulher, torna-se" S. de Beauvoir
Em primeiro lugar quero agradecer a vossa presença aqui neste espaço. Espero que possa ir de encontro às vossas expectativas como também espero dar um contributo importante para o debate que se vai realizar após a minha intervenção.
Este encontro ficará marcado como sendo o primeiro Café Filosófico a ser realizado na AESBUC . Esta marca de café filosófico tem uma história curta, surgiu em 1992 em França por Marc Sautet e daí para cá tornou-se no nome mais famoso em todo o Mundo para este tipo de encontros, Os Cafés Filosóficos são uma forma de, em espaços culturais, as pessoas dialogaram sobre os vários temas da vida humana e de assim sair da rotina e do stress do trabalho. É também uma forma democrática e informal de abordar assuntos que nos interessam e dos quais, geralmente temos opinião.
Para este I Café Filosófico que realizamos decidimos fazer uma abordagem ao Tema da Mulher como forma de assinalar o Dia Mundial dos Direitos Humanos .
Um tema como este, de certo que é polémico, muito abrangente e de grande complexidade. Eu que sou do sexo masculino, não se torna tarefa fácil falar da Mulher, pois a civilização ocidental, da qual faço parte, não foge a uma tradição milenar de educação machista. Mas, na posição em que me encontro hoje, ou seja, de ser o orador de um tema como este, tentarei ser o mais imparcial possível.
A abordagem que vou fazer é uma abordagem filosófica mas muito pessoal e serei também o mais simples possível na linguagem.
Mulher:
Nada mais contraditório do que ser mulher ...não é verdade? Ouve-se muitas mulheres dizerem: quem me dera ser homem mas por sua vez ouve-se muito pouco os homens dizerem: quem me dera ser mulher ( e os que há é por circunstâncias especiais!!). Desde os primórdios da humanidade que a mulher tem lutado pelos seus direitos, tem lutado por uma vida melhor, pelo seu reconhecimento enquanto ser vivo. Antigamente, as mulheres eram usadas como sendo escravas e objectos sexuais e ainda hoje há reminiscências disso, pois de vez em quando chegam-nos notícias de vários tipos de violência e torturas sobre as mulheres. A secundarização ou a inferioridade da mulher em relação ao homem é dado por factores meramente culturais. Na civilização ocidental, a concepção sobre a Mulher tem muito a ver com a ideia que os Gregos transmitiram sobre ela e ainda pela concepção da nossa tradição religiosa.
O tema “mulher” foi abordado por muitos pensadores. Textos de importantes filósofos como Platão, Aristóteles e Kant, retratam a diferenciação entre os sexos. No entanto, estudos sobre as mulheres aparecem em obras menos conhecidas, as quais tratam de temas relacionados com a moral, o que, certamente contribuiu para que a questão da discriminação da mulher passasse despercebida. Além disso, quando o tema referente às mulheres aparece em textos filosóficos, este é cercado de muitos preconceitos, tentando demonstrar uma suposta inferioridade natural da mulher.
Platão é um autor único na Grécia e de certo modo apresenta uma concepção agradável sobre a Mulher. Ele era da opinião de que as mulheres poderiam governar o Estado tal como os homens, precisamente porque os soberanos devem governar a cidade - Estado em função da sua razão. Segundo Platão, as mulheres tinham tanta racionalidade como os homens se recebessem a mesma formação e se fossem ainda libertas do cuidado das crianças e das tarefas domésticas. Diz também que um Estado que não educa e forma mulheres é como um homem que apenas exercita o seu braço direito. Platão tinha uma opinião positiva das mulheres - pelo menos para o seu tempo. Mas é Aristóteles o pensador que mais influenciou a mentalidade Ocidental que apresenta uma ideia negativa acerca da Mulher. A sua ideia marca definitivamente o futuro da Europa Ocidental acerca do que iríamos pensar sobre ela, ou o que ela podia fazer ou não fazer.. Aristóteles pensava que algo faltava à mulher. Ela é um «homem incompleto» dizia. Na reprodução, a mulher é passiva e receptora, enquanto o homem é activo e dador. Por isso, segundo Aristóteles, a criança herdava apenas as características do homem. A mulher é como o terreno que recebe e conserva a semente, enquanto o homem é o próprio «semeador». Ou, dito de uma forma verdadeiramente aristotélica: o homem dá a «forma», a mulher dá a «matéria». Considero surpreendente e lamentável que um homem tão perspicaz como Aristóteles se pudesse enganar de tal forma no que diz respeito à relação entre sexos. No entanto, revela duas coisas: em primeiro lugar, Aristóteles não tinha muita experiência prática da vida das mulheres e das crianças; em segundo lugar mostra como nos podemos enganar quando os homens detêm o poder absoluto na filosofia e na ciência.
A concepção aristotélica da mulher é particularmente grave porque se tornou predominante durante a Idade Média. Deste modo, também a Igreja herdou uma concepção da mulher para a qual não há justificação nenhuma na Bíblia. Jesus não era de modo algum inimigo das mulheres!" A Civilização Ocidental ficou assim durante séculos prisioneira desta concepção de Mulher, ou seja, como um ser considerado desprezível e eram úteis apenas para cuidar dos filhos, executar as tarefas domésticas e satisfazer os homens.
A forma como alguns filósofos, em geral, tematizam a mulher ao longo dos séculos, demonstra um claro desprezo ao ser feminino. Aproveitando-nos de uma passagem de Pitágoras, o mesmo afirma que “existe um princípio bom que gerou a ordem, a luz e o homem; há um princípio mau que gerou o caos, as trevas e a mulher”. Até na própria mitologia, tempo anterior ao surgimento da Filosofia, os gregos já destacavam fortemente a presença de mulheres através da figura das deusas Artemis, Atena, Afrodite, Deméter, Hera, Perséfone, Pandora e Gaia. Embora a inteligência e o pensamento sejam representados pela deusa Minerva (versão latina da deusa Atena), é interessante destacar, que esta nasce não do corpo de sua mãe, mas da cabeça de seu pai, Zeus. Isto demonstra, desde o princípio, a desvalorização da mulher.
Esta concepção, felizmente começa a desaparecer no Mundo Ocidental, e a partir do Renascimento e da modernidade a admiração de pintores, poetas e escritores, pelas mulheres ajudou à emancipação das próprias mulheres. Mas às mulheres mais uma vez só é concedido um saber incompleto e sob uma forte vigilância” realizado, especialmente através de instituições religiosas. O Filósofo Jean Jacques Rousseau, no quinto capítulo do Emílio esvazia a possibilidade da mulher pensar. Segundo ele, “elas devem aprender muitas coisas, mas apenas aquelas que lhes convém saber” . Mas Rosseau tinha no entanto uma admiração pela Mulher e a sua doutrina era singular e até fora dos quadros conceptuais da sua época, dizia: “se as mulheres tivessem tido tanta participação como os homens na manipulação dos negócios e no governos dos impérios…então as mulheres teriam podido dar grandes exemplos de grandeza de alma e de amor de virtude (...) se a injustiça dos homens lhes não tivesse roubado, juntamente com a sua liberdade, todas as ocasiões de se manifestarem aos olhos do mundo”.
Foi a partir da Revolução Francesa, em 1789, que o papel da mulher na sociedade começou a alterar-se. A exploração e limitação dos direitos marcaram essa participação feminina e aos poucos foram surgindo movimentos pela melhoria das condições de vida, de trabalho, a participação politica, o fim da prostituição, o acesso à instrução e a igualdade de direitos entre os sexos. Em alguns países, felizmente, podemos ver que algumas mulheres já aderiram ao mundo da política, mundo este que desde sempre envolveu apenas homens. As mulheres cada vez mais participam no mundo não só da política mas também do desporto, da saúde, da engenharia etc.
Hoje, para além da faceta, de mãe, feminina, mulher, etc., a mulher pode também ser trabalhadora, participativa e capaz de contribuir de algum modo para a evolução dos tempos e da nossa sociedade. A mulher não deve ser vista de maneira diferente, deve ser considerada como um ser vivo e ter os mesmos direitos que os homens.
Entretanto, apesar da discriminação das mulheres no campo filosófico, é possível perceber que, ao longo da história da filosofia, várias mulheres se destacaram como seres humanos que buscaram saber e conhecimento. No século XX há um destaque especial a algumas filósofas importantes. Dentre elas, encontram-se Hannah Arendt, Simone Weil, Edith Stein, Maria Zambrano e Rosa Luxemburgo. Estas mulheres, contrariando a ordem patriarcal de seu tempo, foram filósofas importantes e, sem dúvida, contribuíram decisivamente para a construção do conhecimento.
Penso que a mulher deve assumir uma postura de ser humano e exercer a sua actividade de acordo com as suas posses, situação social ou grau de intelectualidade. Considero apenas que a Mulher é muitas vezes vitima de si própria. Ela pretende ser igual, ter direitos iguais e há um conjunto de movimentos feministas e associações de defesa da mulher que a ajudam a lutar por direitos iguais. Mas acontece que elas próprias ao vitimizarem-se acabam por afirmar alguma inferioridade e denotam nas suas posturas também uma outra forma de “machismo” ao queixarem-se de si próprias. Expressões como “ gosto mais de trabalhar com homens do que com mulheres”; ou quando no trânsito há asneiras de condutoras e afirmam “ Tinha de ser mulher” “ É mulher”!. Ou seja, perante isto constato: há nas próprias mulheres um reconhecimento de uma certa inferioridade . Apesar das aproximações que a mulher tem feito em relação ao homem em diversos campos, continua-se a verificar algumas incapacidades das mulheres em assumir também determinadas profissões. Academicamente as mulheres têm vindo a surpreender e são mais que os homens no ensino superior. Penso que isso se deve ao facto de elas encontrarem aí uma das poucas formas em singrar na vida e de se sentirem autónomas ao nível financeiro e pessoal.
Em conclusão, em pleno séc. XXI muitas conquistas foram feitas e hoje a mulher no mundo ocidental goza de liberdades que antes eram impensáveis, mas há ainda muito caminho a percorrer e como diria o poeta o caminho faz-se caminhando, por isso, um dia o Mundo poderá ser melhor quando valores como a igualdade e a equidade forem realmente respeitados. No entanto também penso que a Mulher deve manter a sua feminilidade, a sua função de matriarca, de ser boa mãe, de ser uma presença de amor para os outros e de não querer ser mais masculina do que os próprios homens. Essa será a grande dificuldade que a Mulher poderá enfrentar - querer ser Homem. Não foi para isso que “Deus a criou.”
Porque penso que a principal vantagem de ser Mulher é ser Mãe, porque é sem dúvida a maior dávida que ela pode ter, devemos ver representadas em todas as mães aquilo que eu considero o que é ser Mulher.
Por isso termino com uma homenagem a todas as Mulheres e em especial a todas as Mães com o poema de Eugénio de Andrade – Mãe.
Para a Mulher, para as Mães ouçam com atenção esta poesia.

CLUBE DE ÉTICA PROMOVE CONCURSO DE FOTOGRAFIA



TEMA: OS AFECTOS
O Clube de Ética da AESBUC está a promover um concurso de fotografia subordinado ao tema " Os Afectos". A iniciativa visa desenvolver nos alunos um espírito de cidadania e de interesse pela dimensão dos sentimentos humanos que tanta vezes são esquecidos na escola pois essencialmente a escola desenvolve o aspecto cognitivo. O Clube de Ética é assim um projecto abrangente. Este concurso premiará os 3 melhores trabalhos. Os interessados podem consultar o regulamento em placard próprio no recinto da AESBUC.

CALENDÁRIOS DE BOLSO

Foram oferecidos e distribuídos pela comunidade escolar do Externato-AESBUC calendários de bolso do Clube de Ética, com o seu logotipo. Esta actividade tinha como objectivo incentivar as pessoas para a necessidade de participação nas actividades do Clube que tem tido um papel inovador quer na comunidade escolar quer na sociedade civil. O Clube de Ética pretende ter um papel activo em Portugal na preocupação de divulgar as éticas práticas.